Não é sobre como eu não tenho as coisas que eu tanto almejo, é sobre como eu não sei lidar com o fato de não possuí-las.

Quando eu era menor costumava a fazer greve. Era, no mínimo, divertido! Volta e meia ela estava lá na porta do meu quarto: era ela, aquela plaquinha feita com cartolina reciclável (!!!) e dizeres ameaçadores auto-destrutivos que deveriam intimidar os meus pais.

“Não como nada até consertarem o meu computador”

Afinal, como eu ia sobreviver sem jogar diariamente SUPER MARIO WORLD? COMO??? Hahahaha. Cômico.

É tudo muito relativo, as minhas carências mudam de acordo com a fase espiritual que eu me encontro. Eu tenho anseios imediatos e difíceis de suprir, quanto mais ficam na condição de improvável, mais instigantes são.

Acontece que agora as coisas são diferentes, eu não posso simplesmente encarar a realidade com mais um de meus caprichos, e sinto por isso. Sinto por não poder me privar de alguma das minhas necessidades básicas em troca de supérfluas e urgentes aspirações. Muito cômodo, eu diria, é realmente uma pena que não funcione assim.

1 comentários:

douglas nascimento disse...

3 adendos:

1 - não deixar os caprichos tomar conta não significa não dar atenção aos caprichos. eles têm seu valor.
2 - sobre seu comentário no meu blog: assim, acredito que falar só representará algo quando o que foi falado for cumprido. dar um primeiro passo na ausência de um segundo é inútil, é melhor ficar parado e poupar energia. se apenas começar a falar significasse boas açoes, nossos políticos virariam anjos. mas enfim, essa é só minha opinião e vim divulgá-la, não me entenda mal.
3 - viva àos bons dias de céu azul e Mario World! O/